Por que as cirurgias minimamente invasivas revolucionaram a medicina?

“Técnicas oferecem menos riscos de infecção, menor tempo de internação e melhores resultados estéticos” explica o cirurgião Dr. Alexandre Silva e Silva

Nos Estados Unidos no final da década de 80, foram realizadas as primeiras cirurgias de sucesso com técnicas minimamente invasivas. O princípio desses procedimentos cirúrgicos é realizar o procedimento convencional através de pequenas incisões e com menos danos nos tecidos dos pacientes, a modo de permitir uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.

O Dr. Alexandre Silva e Silva, especialista em cirurgia ginecológica minimamente invasiva, conta que essas técnicas geraram avanços que revolucionaram a medicina: “procedimentos que utilizavam incisões amplas na parede abdominal foram substituídas por técnicas e aparelhos que permitem realizar o mesmo ato cirúrgico através de pequenas incisões com maior precisão e eficiência”, informa o cirurgião.

“As grandes incisões eram necessárias para que se pudesse ver os órgãos internos e usar instrumentos capazes de auxiliar a apreender e seccionar tecidos e vasos sanguíneos para realizar um procedimento cirúrgico”, explica o Dr. Alexandre Silva e Silva. Com os avanços tecnológicos surgiram equipamentos capazes de ampliar a visão do cirurgião, como as óticas endoscópicas e microcâmeras.

A adoção de equipamentos para privilegiar a visão do cirurgião sinalizam um marco na medicina: “essa mudança transformou a cirurgia da era moderna, e hoje praticamente todas as especialidades cirúrgicas utilizam técnicas minimamente invasivas para realizar seus procedimentos”, afirma Dr. Alexandre Silva e Silva. “Pacientes que sangravam e necessitavam de sangue, hoje perdem menos sangue numa cirurgia laparoscópica bem-feita, do que na coleta de um exame de sangue de rotina”, exemplifica o médico.

Segundo o cirurgião Dr. Alexandre Silva e Silva, uma grande incisão à bisturi provoca a secção e ruptura de um maior número de vasos sanguíneos. Consequentemente, há maior quantidade de sangramento durante o procedimento, podendo levar a anemia, sujeição à infecção e piora na capacidade de recuperação pós-operatória.

O tempo médio de hospitalização para uma cirurgia ginecológica convencional gira em torno de 72h e se houverem abordagens intestinais, entre 5 a 7 dias. Para a mesma cirurgia realizada por via minimamente invasiva, o tempo de hospitalização é de 12 à 24 horas, nos casos da ginecologia. O conjunto de todos esses avanços impacta diretamente na melhora da qualidade de vida dos pacientes, trazendo mais precisão e eficiência aos tratamentos cirúrgicos e uma utilização mais ágil da estrutura hospitalar.

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