Com a introdução dos robôs e suas câmeras 3D de altíssima definição, braços mecânicos e instrumentais articulados, capazes de reproduzir os movimentos mais precisos da mão humana, as dificuldades ergonômicas foram sanadas, as curvas de aprendizado encurtadas e a cirurgia minimamente invasiva tornou-se um método muito mais inclusivo do que jamais foi. Olhando para um futuro de curto a médio prazo, a introdução da inteligência artificial parece ser um divisor de águas, talvez tão impactante para a cirurgia em geral, quanto foi a introdução da cirurgia minimamente invasiva substituindo as cirurgias tradicionais laparotômicas. Com a capacidade de localizar e identificar estruturas anatômicas, embasado em características celulares ou até mesmo particularidades da sua composição, o equipamento será capaz de informar, em tempo real, qual a estrutura anatômica que está sendo abordada, permitindo que o cirurgião tenha a absoluta certeza das consequências que sua ação causará. Essa nova capacidade de discernimento da máquina trará muito mais segurança e eficácia para os mais diversos procedimentos cirúrgicos, diminuindo imensamente os nossos erros e a incidência de complicações intraoperatórias, oferecendo muito mais precisão e performance aos pacientes. Essa provável década de "super poderes" virá para aperfeiçoar a eficiência dos tratamentos cirúrgicos já existentes e consagrados, tornando-os quase que milagrosos. Operar com a certeza de que vai dar tudo certo é o objeto de desejo de todos aqueles envolvidos em um procedimento cirúrgico, do paciente ao médico.